sábado, 18 de agosto de 2012

Surdina de estudo... Usar ou não usar? (2)

P. Pode me indicar a melhor opção de surdina para um iniciante? Iniciante mesmo, bem iniciante aliás, fiz apenas 3 aulas, mas quero e vou aprender a tocar. Li tudo o que encontrei na internet a respeito do uso de surdinas, li o que escreveu no blog, ainda em 2010, li outras coisas na internet, além de conversar com meu professor, que me parece muito bom, mas é um cara bem novo, de 21 anos ainda e que estuda há 6, portanto, gostaria de uma outra opnião. Por tudo o que li, e conversei com meu professor ( aliás, ele tem a mesma opnião que você) entendi que o uso da surdina deve ser feito em último caso e o mínimo possível, de preferência intercalando com o estudo sem a surdina. Concordo com isso, me parece óbvio. Acontece que no meu caso, não tenho outra opção, pois tenho filho pequeno e moro em apartamento, portanto, ou uso, ou só vou conseguir estudar na escola de música que iniciei os estudos, e sei que não basta. Por isso, gostaria de saber se existe alguma opção melhor, que não me prejudique muito no desenvolvimento da embocadura, respiração e mesmo técnica que vou começar a desenvolver, pois não quero correr o risco de começar errado.


R. Bom, sua situação requer uma surdina de estudo mesmo.
Não poderia discordar de você, mas separe alguns dias da semana para ir estudar em algum lugar onde toques sem restrição. A resistência do instrumento muda com a inserção da surdina e e seu corpo vai se adaptar a uma situação que não é real. E mais, o prazer de tocar, de ouvir seu som... não se compara quando utilizando surdinas. Uma outra opção boa, é tocar dentro do guarda-roupas, afaste os cabides e toque.
Mas lembre-se: o mais importante é tocar livre.

Sucesso,

domingo, 6 de maio de 2012

Bachianas Brasileiras nº 5

Essa veio do ano 2000... direto do tunel do tempo. Tonico Cardoso (Trompete) e Moacyr Neto (Violão)

domingo, 15 de abril de 2012

Professor

P: Comprei um trompete há algum tempo e logo que pude comecei a estudá-lo, mas precisei parar e não voltei mais para as aulas que duraram poucos meses. Bom, minha dúvida é a seguinte, e possível aprender por mim mesmo? Possuo um material bem interessante sobre o instrumento, contudo não sei por onde começar...  (EN)

R: E possivel sim, mas um professor tornará essa jornada mais fácil. Sozinho, você podera adquirir vicios e formas incorretas de tocar que poderão te prejudicar muito, em termos de saude mesmo!
Um professor indicara estudos e exercicios adequados para o seu nivel e seus propositos, alem de estabelecer uma rotina que acelera o seu aprendizado. Procure um professor que voce confie, e nem que seja mensalmente, apresente o seu progresso para ele.
No mais, ouca muito as boas gravacoes, respire muito, relaxe e divirta-se tocando trompete.
Espero ter ajudado.

Afinação

P: Gostaria de saber se poderia me indicar alguns videos e livros ou apostila para melhorar a afinação e percepção Musical? (FP, Vitória-ES)

R: Os dois aspectos que você menciona são indissociáveis. Acredito que solfejar fora do "tom" não implica em tocar fora do "tom", afinal contores devem cantar afinados, nós devemos tocar afinados.

Vamos considerar que os equipamentos (trompetes, bocais e surdinas) funcionam corretamente.
Se sua ansiedade é causada pelo desempenho no trompete, ouça tudo que você toque com um ouvido crítico e até um afinador para tirar dúvidas, unica e exclusivamente como ferramenta de estudos, NUNCA na estante ligado todo o tempo.
Utilize as correções das afinações do primeiro e terceiro pistons. Um Ré alto, com a volta de afinação fechada, vai refletir no Mi, no Fá e seu Sol soará alto, na sequência, o La continuará alto e o Do estará completamente fora do centro da nota.
A falta de correção faz com que músculos do sistema embocadura trabalhem desnecessariamente para manter a nota no centro, diminuindo a resistência, prejudicando a afinação, aumentando a pressão do bocal, perdendo o controle da afinação, pressionando o bocal com mais força... não tem fim. Nesse caso, o melhor a fazer é guardar o trompete e ir caminhar.
Os anéis em cada um das bombas de afinação não foram um brinde do fabricante, utilize-os, deve ajudar bastante.
Respire a capacidade plena dos seus pulmões e relaxe. Não descarte a possibilidade que uma respiração não eficiente pode comprometer a afinação.
Estude muito e com uma atitude crítica positiva, refletindo sobre tudo que está acontecendo.
Para aperfeiçoar sua percepção musical sugiro o software Ear Master 5.
Me envie os resultados.

Sucesso.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Novo Yamaha LA


Há mais de quinze anos utilizo instrumentos Monette, e desde 2002 tenho um AJNA 2 em Dó. O instrumento é incrível, muito fácil de tocar.
Nesses anos todos tenho tentado tocar com instrumentos convencionais. As experiências não têm sido boas. Eu jamais poderia registrar aqui que os instrumentos Yamaha, Schilke e outros não funcionam bem. Eu estaria equivocado, basta ouvir os grandes trompetistas que os utilizam. O problema acontece, e é pessoal, é o conforto ao tocar. O meu AJNA é um instrumento muito grande, concebido para um grande teatro e uma grande orquestra sinfônica, opção minha para poder tocar mais leve. Ele é tão fácil que requer o mesmo esforço que tocar uma flauta doce, é verdade, sem exageros!
A opção pelo meu instrumento único me levou a rejeitar trabalhos e estudar muito mais para transformar Haydn, Neruda, Shostakovitch e outros mais, em música para trompete em Dó.
Necessidades profissionais me levaram a aquisição de alguns instrumentos. Por coincidência do destino, aqui em Goiânia tem um luthier muito competente na harmonização de trompetes, um processo de intuição e muita técnica e pesquisa. Entreguei meu LA novo para o Rubem Santos que ontem me devolveu o instrumento após processos de criogenia, instalação de aneis harmônicos, leadpipe reverso e outros ajustes "misteriosos".
O resultado foi muito satisfatório. A resposta do instrumento melhorou consideravelmente, o som "cresceu", e está mais fácil de tocar.
Segue uma sequência com as fotos, mesmo sem a troca das válvulas d'água.
Recomendo aos colegas que queiram um pouco mais de seus instrumentos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Uma boa dica de leitura para 2012 é o livro "The Trumpet", de Gabriele Cassone. Mais do que um livro sobre história do Trompete, Cassone aborda a música contemporânea e seus problemas de interpretação, características físicas, utilização de surdinas, técnica moderna e o trompete no Jazz.
É uma bibliografia que não pode faltar na biblioteca do trompetista. A qualidade de apresentação é excelente, com mais de 400 ilustrações em cores e um CD com diversas gravações de Cassone, do Barroco ao Moderno, nos diversos trompetes.
São 335 páginas de descobertas e 17 faixas de boa música para Trompete.
Para mais informações, clique aqui.
O livro pode ser adquirido na Amazon por US$221.00 e diretamente com a Editora Zecchini por 57 Euros.