sábado, 24 de julho de 2010

Flávio Gabriel

Depois de sua conquista no concurso realizado no Festival Internacional de Praga, Flávio concedeu essa breve entrevista sobre sua participação e preparação para tão importante evento.
Tenho certeza que todos vão aproveitar suas palavras e seu exemplo.

Obrigado Flávio.

domingo, 18 de julho de 2010

Surdinas para estudo: Ter ou não Ter? Eis a questão.

O jornal da Associação Internacional de Trompete trouxe na edição de junho de 2010 um artigo assinado por Robert Redmond com a avaliação de diversos modelos de surdinas para estudo.
O artigo foi bem elaborado e apresentas as surdinas avaliadas em contexto de Volume, Afinação, Tocabilidade (Resistência) e Preço.
Antes de citar as surdinas, vale considerar: Para que serve uma surdina de estudo? Resposta: Para se poder praticar em qualquer lugar e qualquer hora. Mas essa prática é eficiente? Para mim, não! Praticar não é só o exercício muscular de lábios e dedos, praticar é ouvir o som, suas cores e seu formato. Penso que esse equipamento tenha mais uma função psicológica que prática.
Não foi possível praticar hoje? Aproveite a noite para descansar, ouvir ou ler algo sobre seu repertório. Você não vai esquecer como tocar até amanhã.
A sugestão que faço, é que a surdina seja utilizada para aquecimento para aqueles que se sintam mais confiante na hora de tocar. A experiência pode mostrar que o aquecimento é importante mas não fundamental. A dependência do aquecimento pode gerar uma ansiedade desnecessária que pode prejudicar a performance muito mais que a falta de umas poucas notas antes da apresentação.
Pela própria avaliação do artigo, nenhuma das surdinas obteve nota máxima em todos os itens, ou seja, a mais afinada, não é a que produz menos som, nem a mais fácil de tocar.
Agora, se sua situação não permite que você estude por poucos dias, considere a possibilidade se isso for proporcionar mais conforto físico e mental.
Ano passado, ao realizar a turnê pelos Estados Unidos, simulei todas as situações em recitais aqui no Brasil, dirigir várias horas, ficar em hotéis por dois dias sem estudar e no dia seguinte tocar um recital de 1h15m, chegar em locais sem estrutura para descanso antes da apresentação e muitos outros fatores que poderiam influenciar na performance. Só não foi possível simular uma gripe.
A parte musical estava pronta, estudar um dia há mais não iria trazer novidades. A mente estava tranquila pois na simulação as coisas funcionaram, logo, a surdina de estudo seria apenas um peso há mais na bagagem. Porém, se isso traz algum conforto para seu melhor desempenho, escolha um bom modelo e divirta-se sem ficar refém do equipamento.
Os links para os modelos citados no artigo encontram-se na barra lateral em Surdinas.
O quadro abaixo é a transcrição da avaliação dos diferentes equipamentos.
Practice mute
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Extraído de REDMOND, R. The Latest in Practice Mutes, in: International Trumpet Guild, Vol. 34, nº 4, Jun, 2010, p.64-67.

Clicando aqui, você encontra uma tabela de comparação com mais detalhes.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mestrado 2011 EMAC/UFG

EDITAL DE INSCRIÇÃO, SELEÇÃO E MATRÍCULA DA TURMA 2011 DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DA ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – MESTRADO EM MÚSICA.

Informações: Clique aqui.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

DUDA Suíte Monette

Concerto 2010 da Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado "Ciranda da Arte" da Secretaria de Educação do Estado de Goiás, Realizado no Teatro Madre Esperança Garrido dia 16/06/2010.
Trompete Solo Prof. Antonio Cardoso
Trombone Solo So. Emanuel Rodrigues



domingo, 4 de julho de 2010

Radegundis

Radegundis. Radega. Cabra bom!
Conheci o Radegundis em 22 de julho de 1989, no Seminários Pro-Arte, no Rio de Janeiro, onde o Quinteto Brassil ministrou uma semana de aulas. Incrível aquele trombonista! Ouvir Czardas ao trombone pela primeira vez foi insequecível.
Nos anos que se seguiram fui aos quatro cantos do Brasil ter aulas com o Nailson e o Schlueter e nessas viagens fiquei muito próximo do grupo e seus integrantes. Tenho muitas histórias divertidas, muitas situações em que o lado humano do Radega se destacou.
Tenho uma dívida eterna com ele. Na década de noventa, eu ia pedir demissão dos meus trabalhos em Vitória e ir para João Pessoa fazer o bacharelado. Numa conversa informal ele me aconselhou: "Não faça isso! Quando você voltar não haverá mais espaço para você trabalhar em sua cidade. Continue participando dos festivais para manter o contato, mas não peça demissão dos seus trabalhos!" Esse conselho foi decisivo: poucos anos depois pude fazer o mestrado e o doutorado com o Nailson e hoje estou aqui na UFG. Sem o seu conselho, seria grande a possibilidade de nada disso ter acontecido.
Em toda minha trajetória dentro da universidade, o Radega nunca mediu esforços para estar presente nas bancas de mestrado e doutorado, uma correria... ele saia de madrugada de João Pessoa, chegava correndo para a defesa e no mesmo pique voltava para casa. Nessas ocasiões, tive a honra de tocar com ele a Suíte Monette e a Fantasia para Trompete e Trombone do Maestro DUDA.
Nos nove Encontros Internacionais de Metais realizados em Vitória, Radega nos alegrou com sua presença e sua música. Foram inesquecíveis os bobós lá em casa, com prato na mão e copo de bebida no chão e a gargalhada fácil sempre presente. Minha família, meus pais, todos, tinham um carinho muito grande por ele.
Ano passado, ele veio fazer um recital aqui em Goiânia. Antes, ministrei uma palestra sobre o recital. Foi nosso último encontro, sempre marcado pela alegria e pelo exemplo a ser seguido.
Grande Radega, MUITO obrigado por tudo.