Serão dez recitais, algumas aulas e muitas viagens. O primeiro recital foi na abertura do 9º SEMPEM, no Teatro da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG.
Fotos: Osmar CardosoEu nunca penso um recital simplesmente por tocar, se é que posso falar que tocar seja "simplesmente"! Procuro sempre um desafio.
O repertório foi curto. Estreamos duas obras: O Andante e Bolero (Santana Gomes), a Cinco Cirandas (Mignone) e Sonata para Trombeta e Piano (Osvaldo Lacerda). Eu, particularmente, tinha minhas expectativas quanto ao Santana Gomes. É uma obra que funciona bem no trompete, mas requer resistência. O Andante não tem pausas para aquela respiração renovadora, aquela que permite irrigar o lábio.
Procurei uma sonoridade bem leve, como um cornet, instrumento original sugerido pelo compositor, tanto por aspectos estilísticos e como para estar "dentro do piano". Historicamente é uma obra importante para nós trompetistas, pois inaugura o Século XX.
Na Cinco Cirandas, as coisas funcionaram bem. Conseguimos tocar as partes em uníssono estritamente juntos, uníssono mesmo! As mudanças de andamento foram precisas.
A Sonata do Lacerda, já havíamos tocado outras vezes, mas no repertório da Tour' 09 é uma das obras mais importantes. Valeu pela oportunidade de tocá-la mais uma vez e apresentá-la para os participantes de SEMPEM.
Um amigo definiu o recital como "flat". Concordei. A platéia também era "flat", talvez via de mão dupla. Cada platéia é uma platéia diferente, e valeu a experiência para nos prepararmos para as platéias americanas.
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