Estar mais próximo das pessoas, divulgando meu trabalho e, logicamente, conversar sobre trompete e música.
terça-feira, 28 de julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
... e o Homem criou o Hot Park

E tudo era muito bonito!
As águas, por mais incrível que pareçam, eram quentes.
O céu, azul profundo.
E tinha uma praia... Isso mesmo! Uma praia! Com areia branca, ondas, coqueiros...
Sem vendedores ambulantes, sem sal, e com muita água doce e quente.
Areia branca, macia, sem aquele "rio negro" que leva nossos esgotos às praias salgadas e geladas do nosso litoral.
Sem cães.
Penso que ficamos todos embebecidos pela criação, ou melhor, pela construção, e não dá tempo daquele pessoal se transformar em "gente boa a milanesa" e passar correndo entre as cadeiras jogando areia no seu livro.
O Homem construi piscinas de todos os tipos e para todos os gostos.
Disponibilizou esportes radicais para os corajosos - não é o caso desse que escreve, rapel, escalada, tirolesa, mergulhos com tanque e outros.
O susto fica por conta dos preços praticados no parque. Leve um bom limite no cartão de crédito.
O criador, digo, o Homem, disponibilizou salva-vidas em todas as praias e piscinas, e eles trabalham!
Pássaros da fauna brasileira estão ao seu dispor para fotos incríveis. Bom, vale ressaltar que é um projeto em parceria com o IBAMA, mas o ingresso para vê-las é caro e a fotografia, mais ainda!
Recomendo.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Umberto Eco: "Como se faz uma tese".
Aos que estão escrevendo monografias, dissertações e projetos, recomendo a leitura desse "manual".
Nascido em Alessandria, Itália, em 1932, Umberto Eco construiu sólida carreira como professor de semiótica na Universidade de Bolonha. Ensaísta de renome mundial, dedicou-se a temas como estética, semiótica, filosofia da linguagem, teoria da literatura e da arte e sociologia da cultura.
Para acessar o livro clique aqui.
Nascido em Alessandria, Itália, em 1932, Umberto Eco construiu sólida carreira como professor de semiótica na Universidade de Bolonha. Ensaísta de renome mundial, dedicou-se a temas como estética, semiótica, filosofia da linguagem, teoria da literatura e da arte e sociologia da cultura.
Para acessar o livro clique aqui.
1º Festival de Metais de Campinas

Na sexta-feira passada, dia 17, estive em Campinas - SP, ministrando Master-class para a turma de Trompete inscrita no 1º Festival de Metais de Campinas.
Tenho certeza que presenciei o nascimento de um grande Festival de Música no país, pois uma primeira edição com um número expressivo de professores e apresentações artísticas, certamente já nasce fadado ao sucesso.
Realizar um festival de musica instrumental em qualquer época do ano já seria um desafio, ainda mais em julho, onde se realizam os Festivais de Campos de Jordão - SP e Londrina -PR, dois dos maiores e mais tradicionais do país.
A iniciativa coloca a cidade de Campinas no circuito dos grandes festivais de música, agregando valor cultural, social e turístico à cidade, vide o exemplo de Campos do Jordão. Tenho certeza que o poder público e os empresários, que não mediram esforços para a realização do festival, estão atentos à importância do evento para a cidade.
A minha master-class foi bastante produtiva. Os alunos eram participativos, tornando a aula muito rica com a troca de informações e o debate sobre temas comuns ao trompete e a música. Foram três horas muito agradáveis e divertidas. Alguns participantes tocaram obras escritas para trompete onde ficou evidente a qualidade dos instrumentistas formados na região.
Ao final da classe, toquei o "Solus", Stanley Friedman, para Trompete Solo. Antes de tocar, pedi que todos observassem os tópicos abordados em sala e sua aplicação na performance: articulação, respiração, resistência, ritmo, bater o pé e outros.
Em outra postagem incluo o vídeo e comentários sobre a obra.
Foi uma satisfação muito grande participar do Festival, muito obrigado ao Paulo Ronqui pelo convite. Rever os amigos Flávio e Paulinho, conhecer o Fernando Morais e o David Spencer, professor de Trompete da Universidade de Memphis - EUA, assisitir ao recital do mesmo e à apresentação do Eufonista Steven Mead, apreciar o Metallumphonia... tudo isso em 24 hs de permanência na cidade.
Meus sinceros agradecimentos e parabéns ao envolvidos: a turma do "aeroporto", ao Paulinho, ao poder público, aos empresários e acima de tudo aos alunos e espectadores dos eventos.
Sucesso nas próximas edições!
sábado, 18 de julho de 2009
Dean Keenhold

Hj, às 2:30 da manhã, em Washignton, faleceu Dean Weston Keenhold.
Conheci o Dean em 86 ou 87, não me lembro exatamente, em um curso de trompete promovido pelo Departamento Estadual de Cultura (ES). Na época, os trompetistas mais experientes ocuparam os horários com aulas individuais. Os novatos, Tonico e Pacova, dividiram o horário que restava.
Durante o curso, "os experientes" foram abandonando as aulas, Pacova logo desistiu também. Terminei o curso e propus que continuássemos as aulas. Ele topou, e todas as semanas eu tomava um ônibus e ia até a sua casa no Bairro República para as aulas de trompete. As aulas continuaram por alguns anos, até que ele voltou para os EUA.
Conheci o Dean em 86 ou 87, não me lembro exatamente, em um curso de trompete promovido pelo Departamento Estadual de Cultura (ES). Na época, os trompetistas mais experientes ocuparam os horários com aulas individuais. Os novatos, Tonico e Pacova, dividiram o horário que restava.
Durante o curso, "os experientes" foram abandonando as aulas, Pacova logo desistiu também. Terminei o curso e propus que continuássemos as aulas. Ele topou, e todas as semanas eu tomava um ônibus e ia até a sua casa no Bairro República para as aulas de trompete. As aulas continuaram por alguns anos, até que ele voltou para os EUA.
Fisicamente, o Dean era alto e pesava algo em torno dos 140 kg. Como bom americano, branco e olhos azuis.
Comigo, o Dean sempre foi muito atencioso, paciente e me respeitava como um estudante sem muitos talentos, mas com muita dedicaçao. Não foram poucos os puxões de orelhas, mas na aula seguinte estava tudo resolvido... eu estudava muito.
Ele era um band-leader como poucos. "Apitava todas", depois de cinco horas de baile, mandava uma "lapa" de som impressionante. Improvisava maravilhosamente bem.
Nos estudos, não queria me ensinar improvisação, dizia que eu tinha que primeiro aprender a tocar certo para depois poder tocar "errado". Trabalhamos métodos e muita leitura.
Há poucos anos conversamos sobre os velhos tempos e ele confessou que em determinado momento, achou que eu nunca ia tocar trompete. Ainda bem que ele não desistiu!
Comigo, o Dean sempre foi muito atencioso, paciente e me respeitava como um estudante sem muitos talentos, mas com muita dedicaçao. Não foram poucos os puxões de orelhas, mas na aula seguinte estava tudo resolvido... eu estudava muito.
Ele era um band-leader como poucos. "Apitava todas", depois de cinco horas de baile, mandava uma "lapa" de som impressionante. Improvisava maravilhosamente bem.
Nos estudos, não queria me ensinar improvisação, dizia que eu tinha que primeiro aprender a tocar certo para depois poder tocar "errado". Trabalhamos métodos e muita leitura.
Há poucos anos conversamos sobre os velhos tempos e ele confessou que em determinado momento, achou que eu nunca ia tocar trompete. Ainda bem que ele não desistiu!
"Hello, my precious friend and deserving student.
I believe I take pride in encouraging you not to give up music and to continue. After you had such a hard time keeping your Selmer Lightweight in tune and we both discovered that your instrument was your problem and that you have a beautiful and pure tone that any trumpeter would be proud of.
I have the biggest and fullest tone, however. Ahem!
I believe I take pride in encouraging you not to give up music and to continue. After you had such a hard time keeping your Selmer Lightweight in tune and we both discovered that your instrument was your problem and that you have a beautiful and pure tone that any trumpeter would be proud of.
I have the biggest and fullest tone, however. Ahem!
Dean." 19/jan/2009
Foi ele, que em 89, me recomendou o curso "Metais: Performance e Criação", ministrado por um quinteto de metais da Paraíba, desconhecido para mim. O curso foi na Pro-Arte, no Rio de Janeiro, e lá conheci o Quinteto Brassil e o Nailson, meu professor nos últimos vinte anos.
Durante sua permanência nos EUA, sempre mantivemos contato. Ele ficava muito feliz com as minhas conquistas, tinha consciência da participação dele em todas elas.
Ao visitar Vitória, sempre ligava, ouvia meu quinteto, era aquele tio querido que todos nós temos.
Do Dean, fica em minha memória, as aulas, os ensaios, os bailes, os arranjos e o som do seu trompete. Em meu coração fica o MESTRE, em letras maiúsculas, aquele que me fez acreditar que seria possível tocar trompete, contrariando as primeiras impressões. Se eu um dia conseguir metade da sua competência como professor, meus alunos estarão bem encaminhados.
Tenho certeza, que onde o Dean estiver, a música está melhor.
MESTRE, você é o culpado por eu ser um trompetista. Obrigado.
Desde fevereiro ele escrevia para a Revista Vida Brasil. Nos seus artigos, fica evidente a paixão pelo nosso país. Para conferir, clique aqui.
Durante sua permanência nos EUA, sempre mantivemos contato. Ele ficava muito feliz com as minhas conquistas, tinha consciência da participação dele em todas elas.
Ao visitar Vitória, sempre ligava, ouvia meu quinteto, era aquele tio querido que todos nós temos.
Do Dean, fica em minha memória, as aulas, os ensaios, os bailes, os arranjos e o som do seu trompete. Em meu coração fica o MESTRE, em letras maiúsculas, aquele que me fez acreditar que seria possível tocar trompete, contrariando as primeiras impressões. Se eu um dia conseguir metade da sua competência como professor, meus alunos estarão bem encaminhados.
Tenho certeza, que onde o Dean estiver, a música está melhor.
MESTRE, você é o culpado por eu ser um trompetista. Obrigado.
Desde fevereiro ele escrevia para a Revista Vida Brasil. Nos seus artigos, fica evidente a paixão pelo nosso país. Para conferir, clique aqui.
Abaixo, o último e-mail enviado por ele, uma mostra do seu amor pelo Brasil e do carinho com seu aluno capixaba.
"Deus eh grande e eu estou totalmente bem sem surugia nem uma. Estou tao feliz para voce e sua nova posicao. Me envia todos os seus dados e assim posso cotinuar sabendo das suas conquistas.
Eu estou com muito orgulho de voce. Voce segiu as vontades do seu coracao em sua vida e eu, foi atraz o dinheiro para poder continuar com minhas vontades.
Alias, estou incompleto. Preciso voltar ao Brasil para completar o circo e seculo da minha vida antes de morrer (muitos anos pela frente).
Sabado passado fiz 62 anos de idade (22 anos com 40 anos de experiencias).
Um forte abraco e nessas alturas um bwijo tambem do seu sempre orgulhoso ex-professor.
Dr. "D"" 16/abr/2009
Eu estou com muito orgulho de voce. Voce segiu as vontades do seu coracao em sua vida e eu, foi atraz o dinheiro para poder continuar com minhas vontades.
Alias, estou incompleto. Preciso voltar ao Brasil para completar o circo e seculo da minha vida antes de morrer (muitos anos pela frente).
Sabado passado fiz 62 anos de idade (22 anos com 40 anos de experiencias).
Um forte abraco e nessas alturas um bwijo tambem do seu sempre orgulhoso ex-professor.
Dr. "D"" 16/abr/2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
Mestrado 2010 EMAC/UFG
EDITAL DE INSCRIÇÃO, SELEÇÃO E MATRÍCULA DA TURMA 2010 DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DA ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – MESTRADO EM MÚSICA.
Informações em: Mestrado 2010 EMAC/UFG
Informações em: Mestrado 2010 EMAC/UFG
sábado, 11 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
No Japão.
As fotografias são incapazes de traduzir a emoção da viagem ao Japão. A fotografia é um olhar do turista, dos monumentos e das atrações do lugar. O que eu enxerguei além dos cliques?
Enxerguei o japonês como um povo extremamente educado e gentil, todos, indistintamente, cedem a vez. Quando gripados, usam máscaras para não transmitir a doença aos outros. Ninguém conversa ao celular próximo das outras pessoas para não incomodar. Crianças não esperneam na rua, não choram, tudo para não incomodar o próximo.
Dois japoneses quando se encontram trocam reverências que parecem intermináveis. Me perguntava: - Quando vai terminar?
As mulheres andam sempre atrás, passos curtos e cabeças baixas. Eles não falam alto, se postam ao lado esquerdo da escada-rolante, e nós, espaçosos, quando ocupávamos todo o degrau, eles esperavam chegar ao final da escada sem falar nada!
As mulheres japonesas são pequenas, mas no hotel, carregavam grandes malas sempre com um sorriso. Alías, atendimento ao público, somente por mulheres, e elas afinam a voz parecendo crianças.
Na rua, comunicação quase impossível, mas todos se esforçam para se comunicar, mesmo que seja em um inglês rústico. Pode viajar tranquilo, você não vai ficar sem informação, pois ao abrir o mapa na rua, logo aparece um japonês para ajudar. Incrível! Não se preocupe com o idioma!
A polícia, não usa armas. A estatística é de um tiro por ano: acidental! Trabalham de luvas brancas, não encardidas, e basicamente prestam informações turísticas.
No metrô, voluntários para prestar ajuda em inglês e francês, e ao solicitar ajuda para comprar o bilhete, um guarda sai da cabine para auxiliar, sempre agradecendo.
Aliás, sempre agradecem, por tudo!
Quando você agradece na língua deles, uma festa, eles ficam muito felizes.
Nas ruas, mercadorias expostas nas calçadas, bicicletas estacionadas sem cadeado, jovens japonesas andando sozinhas tarde da noite sem medo de assaltos, que aliás, não existem.
Porém, notei que fumam bastante, bebem bastante, inclusive têm dormitórios para os que não conseguem chegar em casa..
Trabalham muito, até domingo, todos os homens de terno preto ou cinza. Sei que as consequências para a sociedade não são boas, mas do lado de cá também trabalhamos muito.
De uma maneira geral, os Japoneses são felizes, segundo o guia do City-Tour, "sendo eles budistas e xintoístas, têm a certeza de ir ao paraíso após a morte, sem culpas nem pecados, bem diferente dos cristãos, sempre carregando o fardo da culpa e do pecado.
A viagem, com a Camerata Vale-Música, foi uma das melhores experiências que aconteceram em minha vida. Conhecer o Japão foi um sonho! Não se parece em nada com nosso mundo "judaico-cristão-ocidental"! Foi como estar em outro mundo! Não tem nada parecido do lado de cá! Já era fã, agora então... Nos divertimos muito. Conheci de perto a Fernanda Takai, rachamos uma corrida de taxi, conversamos... ela é uma pessoa adorável. Os meninos fizeram o maior sucesso, entrevistas e fotos mil. Recomendo!
Japão, eu volto!
Enxerguei o japonês como um povo extremamente educado e gentil, todos, indistintamente, cedem a vez. Quando gripados, usam máscaras para não transmitir a doença aos outros. Ninguém conversa ao celular próximo das outras pessoas para não incomodar. Crianças não esperneam na rua, não choram, tudo para não incomodar o próximo.
Dois japoneses quando se encontram trocam reverências que parecem intermináveis. Me perguntava: - Quando vai terminar?
As mulheres andam sempre atrás, passos curtos e cabeças baixas. Eles não falam alto, se postam ao lado esquerdo da escada-rolante, e nós, espaçosos, quando ocupávamos todo o degrau, eles esperavam chegar ao final da escada sem falar nada!
As mulheres japonesas são pequenas, mas no hotel, carregavam grandes malas sempre com um sorriso. Alías, atendimento ao público, somente por mulheres, e elas afinam a voz parecendo crianças.
Na rua, comunicação quase impossível, mas todos se esforçam para se comunicar, mesmo que seja em um inglês rústico. Pode viajar tranquilo, você não vai ficar sem informação, pois ao abrir o mapa na rua, logo aparece um japonês para ajudar. Incrível! Não se preocupe com o idioma!
A polícia, não usa armas. A estatística é de um tiro por ano: acidental! Trabalham de luvas brancas, não encardidas, e basicamente prestam informações turísticas.
No metrô, voluntários para prestar ajuda em inglês e francês, e ao solicitar ajuda para comprar o bilhete, um guarda sai da cabine para auxiliar, sempre agradecendo.
Aliás, sempre agradecem, por tudo!
Quando você agradece na língua deles, uma festa, eles ficam muito felizes.
Nas ruas, mercadorias expostas nas calçadas, bicicletas estacionadas sem cadeado, jovens japonesas andando sozinhas tarde da noite sem medo de assaltos, que aliás, não existem.
Porém, notei que fumam bastante, bebem bastante, inclusive têm dormitórios para os que não conseguem chegar em casa..
Trabalham muito, até domingo, todos os homens de terno preto ou cinza. Sei que as consequências para a sociedade não são boas, mas do lado de cá também trabalhamos muito.
De uma maneira geral, os Japoneses são felizes, segundo o guia do City-Tour, "sendo eles budistas e xintoístas, têm a certeza de ir ao paraíso após a morte, sem culpas nem pecados, bem diferente dos cristãos, sempre carregando o fardo da culpa e do pecado.
A viagem, com a Camerata Vale-Música, foi uma das melhores experiências que aconteceram em minha vida. Conhecer o Japão foi um sonho! Não se parece em nada com nosso mundo "judaico-cristão-ocidental"! Foi como estar em outro mundo! Não tem nada parecido do lado de cá! Já era fã, agora então... Nos divertimos muito. Conheci de perto a Fernanda Takai, rachamos uma corrida de taxi, conversamos... ela é uma pessoa adorável. Os meninos fizeram o maior sucesso, entrevistas e fotos mil. Recomendo!
Japão, eu volto!
domingo, 5 de julho de 2009
Quiet City
Ontem, dia 04/07, apresentei o Quiet City (Copland) e o Concertino (DUDA) com a Camerata SESI-ES. Tocar frente à uma orquestra é uma oportunidade imperdível. Nesse primeiro semestre de 2009 é a segunda vez que tenho esse privilégio.
A Camerata SESI-ES é uma orquestra de câmera, formada por jovens estudantes, em processo de profissionalização. A orquestra é fruto do trabalho e da dedicação de seu Maestro e Diretor artístico, o Maestro Leonardo David. Louvável o suporte que a FINDES, através do SESI, oferece ao projeto. Em um ambiente em que a música descartável frequenta os programas dominicais da TV brasileira, a FINDES/SESI, se destaca pela sensibildade e consciência da importância da divulgação e do ensino na música em seus programas educacionais e culturais.
O Quiet City, é uma obra que gosto muito de tocar. Já a apresentei algumas outras vezes, com a OFES (Gustavo Napoli, corne-inglês) e no Rio de Janeiro (Mosineide Schulz, oboé). Penso que já toquei outras vezes, mas não me recordo...
A obra apresenta um trompete com dinâmica que percorre do pianíssimo ao fortíssimo, com uma extensão de duas oitavas. Dinâmica e extensão estão diretamente ligadas à densidade orquestral, ou seja, no ponto culminante, na parte central da obra, o trompete está toca suas notas mais agudas e maior intensidade sonora. O caráter é lírico, com muitas frases ligadas e possibilidades de utilizar o agrupamento de notas como ferramenta interpretativa.
O desafio, é integrar-se à sonoridade do oboé. A Mosineide tem um belo som e eu não poderia, jamais, impedir ao público de ouvir o seu som e sua expressividade.
Esse é "o" desafio da música de câmera: saber a hora de se recolher. Eu acredito, que em termos de música de câmera, principalmente em relação ao trompete e suas características sonoras, podemos na maioria das vezes, pensar mais nos outros instrumentos. Alguém vai questionar: O trompete vai "sempre" tocar piano? Não! Quando tiver que tocar fortíssimo, ninguém nos segura! Porém, podemos utilizar a articulação e o vibrato como dinâmica sem a necessidade de tocar forte. Pensar no grupo e na obra em primeiro lugar.
Bom... voltemos ao Quiet City.
Foi uma satisfação muito grande estar em Vitória fazendo música com os amigos. Muito obrigado ao Maestro David pelo convite. Aos "meninos" da Camerata, meus parabéns pelo trabalho e a Mosineide, obrigado, por ter aceitado dividir o palco nessa empreitada.
A Camerata SESI-ES é uma orquestra de câmera, formada por jovens estudantes, em processo de profissionalização. A orquestra é fruto do trabalho e da dedicação de seu Maestro e Diretor artístico, o Maestro Leonardo David. Louvável o suporte que a FINDES, através do SESI, oferece ao projeto. Em um ambiente em que a música descartável frequenta os programas dominicais da TV brasileira, a FINDES/SESI, se destaca pela sensibildade e consciência da importância da divulgação e do ensino na música em seus programas educacionais e culturais.
O Quiet City, é uma obra que gosto muito de tocar. Já a apresentei algumas outras vezes, com a OFES (Gustavo Napoli, corne-inglês) e no Rio de Janeiro (Mosineide Schulz, oboé). Penso que já toquei outras vezes, mas não me recordo...
A obra apresenta um trompete com dinâmica que percorre do pianíssimo ao fortíssimo, com uma extensão de duas oitavas. Dinâmica e extensão estão diretamente ligadas à densidade orquestral, ou seja, no ponto culminante, na parte central da obra, o trompete está toca suas notas mais agudas e maior intensidade sonora. O caráter é lírico, com muitas frases ligadas e possibilidades de utilizar o agrupamento de notas como ferramenta interpretativa.
O desafio, é integrar-se à sonoridade do oboé. A Mosineide tem um belo som e eu não poderia, jamais, impedir ao público de ouvir o seu som e sua expressividade.
Esse é "o" desafio da música de câmera: saber a hora de se recolher. Eu acredito, que em termos de música de câmera, principalmente em relação ao trompete e suas características sonoras, podemos na maioria das vezes, pensar mais nos outros instrumentos. Alguém vai questionar: O trompete vai "sempre" tocar piano? Não! Quando tiver que tocar fortíssimo, ninguém nos segura! Porém, podemos utilizar a articulação e o vibrato como dinâmica sem a necessidade de tocar forte. Pensar no grupo e na obra em primeiro lugar.
Bom... voltemos ao Quiet City.
Foi uma satisfação muito grande estar em Vitória fazendo música com os amigos. Muito obrigado ao Maestro David pelo convite. Aos "meninos" da Camerata, meus parabéns pelo trabalho e a Mosineide, obrigado, por ter aceitado dividir o palco nessa empreitada.
Assinar:
Postagens (Atom)