domingo, 22 de novembro de 2009

Memphis

Pikeville

Tour'09 The University of Memphis

Dez horas de estrada para chegarmos em Memphis. Mas valeu! Fomos recebidos com muito carinho pelo David. Conhecemos um pouco da cidade naquela mesma noite... estava frio! No dia seguinte, ministrei algumas classes para os alunos de trompete, turma boa! O recital foi bom. A energia estava boa. A sala é excelente, permitindo que o trompete trabalhasse livre.
No último dia de trabalho, conheci mais alguns alunos de trompete e diante de toda a classe, toquei o SOLUS, de Friedman, com a presença do compositor, o que muito me honrou.
Decidimos permanecer mais um dia para conhecer mais um pouco da cidade, especificamente Graceland e o Rio Mississipi. Missão cumprida, retornamos à Campbellsville. Com o cancelamento da apresentação em Lexignton, finalizamos a Tour' 09.
Obrigado ao David, ao Nairam e ao Rinaldo e sua família, que tornaram muito agradável nossa permanência na cidade.

Fotos: Fernanda Cardoso e Nairam Simões

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tour'09 Pikeville College

Pikeville. Uma pequena cidade nas montanhas do Kentucky. Sinceramente, imaginava que o recital seria para um público pequeno. Qual foi nossa surpresa quando ao chegarmos na cidade encontramos nossos nomes estampados em um letreiro luminoso na principal rua da cidade.
O público compareceu. Fomos aplaudidos calorosamente, e ao final distribuímos autógrafos e conversamos bastante com algumas pessoas que se encantaram com a música brasileira.
Obrigado Tâmara.

Fotos: Fernanda Cardoso

sábado, 14 de novembro de 2009

Tour'09 Campbellsville University

Em Campbellsville, fomos muito bem recebidos na Universidade, pelos alunos de trompete e pela família Queiroz, nossos anfitriões.
O recital aconteceu em uma bela sala e viva acusticamente.
Na platéia, muitos brasileiros, estudantes de música da universidade. Foi uma festa. Um momento de relembrar e matar a saudade do país tão distante.
Eu estava um pouco resfriado, mas a apresentação foi tranquila, num ambiente de muita energia positiva e alegria.
Agradecemos ao Dr. Gaddis, ao Hermano, Elisa e Babi pela acolhida.

Fotos: Jaqueline Cardoso

Danville


Fotos: Jaqueline Cardoso

Tour'09 Centre College - Danville

Realizamos no dia 12 o Recital no Centre College, em Danville, KY. O professor da instituição é o Vincent DiMartino, que nos recebeu muito bem. Foi uma tarde muito divertida, conversamos muito, ganhei seus últimos Cd's de presente e tocamos para a classe de trompete, num recital informal com perguntas e um intervalo para uma pequena master-classe.
Os alunos tocaram muito bem, refletindo o trabalho do Professor DiMartino.
A estrutura do prédio de artes do Centre College impressiona. A sala de trompete tem dois ambientes, cozinha e banheiro. O teatro principal maior que muitas salas de concerto no Brasil.
Nossos sinceros agradecimentos ao Prof. DiMartino.

Fotos: Fernanda Cardoso

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Boston

Tão bonita que o cuidado é para não estragar a paisagem.

Tour'09 New England Conservatory - Boston

Dia 08 iniciamos a Tour' 09 aqui na América. Foi no The New England Conservatory of Music, uma satisfação muito grande em tocar nesta tão conceituada instituição de ensino da música.
Correu tudo conforme o planejado.
No final, "bisamos" a Fantasia Carnavalesca, de DUDA, estreando o Samadhi novo de Mr. Schlueter.
Nossos agradecimentos ao Mr. Schlueter e Marta pela acolhida e ao Casey pela participacao na Fantasia Carnavalesca.
Fotos: Fernanda Cardoso

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tour' 09 Escola Gabriel Camargo

Ontem finalizamos a etapa brasileira da viagem. A apresentação aconteceu na Escola de Música Gabriel Camargo, em Vila Velha. Fui surpreendido pelo público! Tivemos mais de 80% de ocupação! Muito para um recital de música de câmara com uma divulgação restrita aos amigos, e que na hora H, não comparecem, com exceções!
Me preocupava algumas questões de ordem trompetística: foi uma semana bem complicada por aqui. Choveu muito. Demorei três dias para conseguir pousar aqui, logo, a prática ficou prejudicada.
Porém, o que talvez viesse para não facilitar, veio para descançar o corpo. As coisas funcionaram bem. A resistência não foi prejudicada, e as embaralhadas de dedos foram desconcentrações momentâneas que não me incomodaram.
O público foi caloroso. Tocamos mais duas obras ao final do programa. A sala, boa! O piano, metálico, mas faz parte do processo, e certamente, a Paula fica com a parte mais difícil, pois trocar de instrumento a cada apresentação não é fácil!
O final da etapa Brasil inicia a etapa America. Embarcamos amanhã, dia 05, para Boston, onde temos ensaio no dia 07 e o recital no dia 08, onde Mr. Schlueter vai estrear seu novo Samadhi.
Mais uma honra para nós!
Bom, foi um ano inteiro de preparativos. Estudei muito! Poderíamos ter ensaiado mais, mas os 13 anos tocando juntos compensam, em parte, os 2000 Km de distância. Desde abril estudei o repertório diariamente, me preparando psicologicamente, tecnicamente e musicalmente para todas as etapas. Agora: respirar muito e tocar!

Agradecemos a Escola Gabriel Camargo pelo espaço, na pessoa de sua diretora a professora Janne.

Assim que possível mando notícias por aqui.

sábado, 17 de outubro de 2009

Tour'09 UNB


Fotos: Osmar Cardoso

2000ª visita

Hj, às 01:50:09, registramos a 2000ª visita. O segundo milhar foi mais rápido que o primeiro! Obrigado pelas visitas e acompanhem a Tour' 09.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tour'09 CEFETGO

Segundo recital. Pouco mais de 24hs depois. Esse fato foi importante como preparativo para a agenda apertada de viagens e recitais. Os trompetistas que faltaram no primeiro recital, estavam presentes. Sempre é bom tocar para trompetistas! O clima estava leve e alegre.
O repertório foi maior, um recital de 50min.
Repetimos o Santana Gomes. Na busca pelos desafios, toquei ela mais leve ainda. Estava tão no limite que perdi algumas poucas notas, sem comprometer a música. As notas perdidas foram uma espécie de auto conhecimento dos limites.
Tocamos a Suíte Recife, a Cinco Cirandas, o Concertino (DUDA), o Divagando (Domingos Raymundo) e o Zinzinho nos States (DUDA), um repertório para cima.
A platéia respondeu bem à conversa entre as obras... via de mão dupla? Ontem, a platéia era acadêmica, hoje, a platéia foi de especialistas.
Fazendo uma analogia com a Formula 1, o meu trompete é uma "Brawn". Ontem, na EMAC, uma sala grande e viva. No CEFET, uma sala menor, mas muito boa. O piano era de armário, com um som metálico... meu "carro" se comportou muito bem!
Fotos: Osmar Cardoso

Tour'09 EMAC/UFG

Começou a Tour' 09!
Serão dez recitais, algumas aulas e muitas viagens. O primeiro recital foi na abertura do 9º SEMPEM, no Teatro da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG.
Eu nunca penso um recital simplesmente por tocar, se é que posso falar que tocar seja "simplesmente"! Procuro sempre um desafio.
O repertório foi curto. Estreamos duas obras: O Andante e Bolero (Santana Gomes), a Cinco Cirandas (Mignone) e Sonata para Trombeta e Piano (Osvaldo Lacerda). Eu, particularmente, tinha minhas expectativas quanto ao Santana Gomes. É uma obra que funciona bem no trompete, mas requer resistência. O Andante não tem pausas para aquela respiração renovadora, aquela que permite irrigar o lábio.
Procurei uma sonoridade bem leve, como um cornet, instrumento original sugerido pelo compositor, tanto por aspectos estilísticos e como para estar "dentro do piano". Historicamente é uma obra importante para nós trompetistas, pois inaugura o Século XX.
Na Cinco Cirandas, as coisas funcionaram bem. Conseguimos tocar as partes em uníssono estritamente juntos, uníssono mesmo! As mudanças de andamento foram precisas.
A Sonata do Lacerda, já havíamos tocado outras vezes, mas no repertório da Tour' 09 é uma das obras mais importantes. Valeu pela oportunidade de tocá-la mais uma vez e apresentá-la para os participantes de SEMPEM.
Um amigo definiu o recital como "flat". Concordei. A platéia também era "flat", talvez via de mão dupla. Cada platéia é uma platéia diferente, e valeu a experiência para nos prepararmos para as platéias americanas.
Fotos: Osmar Cardoso


domingo, 11 de outubro de 2009

Stanley Friedman SOLUS

Apresentação realizada no 34º Festival de Música da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, em 29/09/2009.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

no Centre College


Acabamos de receber a confirmação de mais um recital. No dia 12/11, às 16:00, estaremos tocando no Centre College.
A instituição é uma faculdade privada, localizada em Danville, Kentucky, EUA. Uma comunidade de cerca de 16.000 habitantes no Condado de Boyle, proximadamente 56 km ao sul de Lexington. Fundado por Presbiterianos em em 1819, ocupa o 45º lugar entre as melhores escolas de arte dos Estados Unidos, e é a mais alta classificação no ranking nacional de faculdade ou universidade no Kentucky. Em 2007, o Centre College foi classificada pela Consumer Digest como a melhor instituição, entre as particulares, no ensino das artes no país. Em 2009, o Colégio foi classificado como o melhor colégio do país em 14 pela Forbes Magazine. Os 150 hectares do campus tem 64 edifícios, 13 dos quais estão incluídos no Registro Nacional de Lugares Históricos.
O professor de Trompete do Centre College é Vincent DiMartino, um dos mais importantes performer e professor de Trompete nos EUA, que gentilmente abriu as portas para que toquemos música brasileira.
Bom, agora a agenda está fechada. Não existe mais espaço para outras apresentações e viagens.
Vai ser divertido!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Haydn

Ontem, na Praia de Camburi, tive a honra de tocar o Haydn no Concerto em comemoração ao 458º aniversário de Vitória. Acompanhei o trabalho e o empenho do Maestro David em levar à Vitória o Maestro Isaac Karabtchevsky. Felizmente, o poder público compreendeu a importância do investimento em um evento que deixa marcas na população e nos profissionais que estavam no palco, reafirmando a qualidade dos grupos orquestrais estáveis do ES, a OFES e a Camerata SESI, que se uniram em uma grande orquestra. União entre prefeitura, estado e a FINDES.
Antes de tudo, o público se divertiu. Cantou, aplaudiu e com os olhos fixos no palco, acompanhou todo o programa.
Meus parabéns aos envolvidos e muito obrigado pelo convite.

34º Festival Nacional de Música EMAC/UFG














Para mais informações clique aqui.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

na UNB.

Confirmado o Recital na Universidade de Brasília, no dia 16 de outubro. É parte da etapa nacional da Brasil - America Tour '09.

sábado, 29 de agosto de 2009

Maestro DUDA.


O Maestro DUDA é o compositor brasileiro com a maior produção para os instrumentos de metal. Destacam-se seus arranjos e composições para quinteto de metais e para solo.
A música do maestro é representação fidedigna dos ritmos, da harmonia e da melodia encontrada em todo o Brasil.
Tocar a música do Maestro DUDA, é tocar a alma brasileira, como já dizia Villa-Lobos. É viajar para o sertão num aboio, é participar do carnaval do Recife, dançar um "isquenta-muié", é tocar muitas notas no Concertino para Trompete.
Por enquanto, tocaremos a Suíte Recife e o Concertino. No New England, apresentaremos a Fantasia Carnavalesca, com a participação mais que especial de Charles Schlueter e Casey Reeve.
Provavelmente tocaremos a Fantasia para Trompete e Trombone com quinteto de metais e a Suíte Monette com Banda Sinfônica, mas nada confirmado ainda!
Nas palestras, para exemplificar o choro, nada melhor que tocar Zinzinho nos States nos States!
Enfim, o Maestro Duda, sozinho, seria um programa completo e da melhor qualidade.
Para saber mais sobre o Maestro Duda, clique aqui.
Maestro Duda em ação:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Na terra de Elvis...


Confirmamos hoje o recital e master-class de trompete na The University of Memphis. Os eventos acontecerão nos dias 18 e 19 de novembro na Escola de Música da Universidade.
Além de muito trabalho, vamos visitar a casa de Elvis Presley para conferir se "Elvis não morreu"!
Memphis é uma cidade doTennessee, nos Estados Unidos da América. Localiza-se no sudoeste do estado. Tem cerca de 680 mil habitantes na cidade e cerca de 1.230 milhão habitantes na área metropolitana.
Foi fundada em 1819. Ficou mundialmente conhecida por causa de Elvis Presley que morou na cidade de 1948 até 1977, data de sua morte. A mansão Graceland é hoje um dos principais pontos turisticos da cidade com visitação de 600 mil pessoas por ano, além das duas estátuas em homenagem ao rei do rock.
A cidade de Memphis é considerada por muitos como uma das três mais importantes cidades dos EUA em relação à música ao lado de Nova Orleans e Nashville.
Thanks Mr. Spencer!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Osvaldo Lacerda


Do Compositor paulista Osvaldo Lacerda, escolhemos duas obras para compor o repertório: Invocação e Ponto e a Sonata, ambas para Trombeta e Piano, conforme determinação do compositor.
As duas obras não são as únicas que foram escritas para Trompete por Lacerda, mas representam o alto nível das composições brasileiras para o instrumento e apresentam desafios de ordem técnica e musical para ambos intérpretes.
Invocação e Ponto, traz as influências africanas dos cultos religiosos. A melodia da Invocação, contrasta com a percussão do Ponto de macumba, onde a acentuação é desolocada e o pianista percute com o nós dos dedos na madeira do piano. Podemos ouvir a presença dos atabaques e a presença da africanidade e sua influência na música brasileira.
A Sonata pode ser incluída como das melhores obras do gênero para Trompete e Piano. Obra de grande duração, profunda e estruturalmente bem definida, permite ao duo mostrar musicalidade, entrosamento e domínio técnico dos seus instrumentos. A Sonata, para mim, é sempre uma nova obra em cada apresentação, visto o amplo espectro de possibilidades interpretativas a serem exploradas em cada nova performance.
Tenho certeza que as duas obras representam muito bem a música brasileira e o compositor paulista que mais escreveu para Trompete.
Saiba mais sobre Osvaldo Lacerda clicando aqui.

domingo, 23 de agosto de 2009

Bon Odori 2009

Conta-se que um dos dez discípulos diretos do mestre Buda Shakyamuni chamado Mokuren tornou-se capaz de ver qualquer recanto do mundo, e depois de muitas buscas deparou-se com sua mãe sofrendo no mundo das trevas. Depois de muita investigação, Mokuren viu que o sofrimento era provocado pela fome, então com uma força de inspiração extraordinária desceu até aquele mundo e levou alimentos para sanar a necessidade da mãe.
Entretanto, o alimento não conseguia ser ingerido pela mulher, ainda presa aos apegos e caprichos da vida terrena. Não sabendo mais que procedimento adotar, o filho procurou a ajuda do mestre. Uma vez conhecendo o problema de Mokuren, Buda realizou uma cerimônia com todos os monges do templo montando uma mesa repleta de alimentos que foi oferecida aos espíritos sofredores, com o propósito de aplacar seu sofrimento.
Com esta intenção a mãe de Mokuren juntamente com todos os outros que sofriam conseguiu alimentar-se e compartilhar do banquete oferecido, e então foi salva renascendo no mundo da paz.
Feliz, Mokuren iniciou a dança que se transformaria no que hoje é conhecida como Bon Odori. Expressando alegria e paz, os monges que estavam presentes saíram dançando alegres atrás de Mokuren, formando uma grande roda, simbolizando o círculo da felicidade.
Assim surgiu o Bon Odori, como a dança que faz a homenagem ao espírito das pessoas que na morte, buscam o triunfo no mundo da paz¹.


¹Extraído de http://www.bonodori.com.br/site.php?p=historia, em 23/08/09 às 02:30

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ensino de Música obrigatório: Um ano depois.

[Ontem] comemoramos o primeiro aniversário da Lei nº 11.769 de 18 de agosto de 2008, sancionada há um ano pelo Presidente da República após um longo percurso protagonizado pelo movimento Quero Educação Musical Na Escola.
A Lei aniversariante conferiu uma nova redação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96) incluindo o seguinte parágrafo no Artigo 26:
“A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2º deste artigo”

A Lei nº 11.769 determina ainda o prazo de três anos letivos para os sistemas de ensino se adaptarem à nova exigência.
A Lei foi sancionada com um veto a um dos artigos contidos no Projeto de Lei encaminhado ao Presidente. O artigo em questão previa que se explicitasse formação específica na área para o ensino de música.

MAS POR QUÊ FOI VETADO?
O fato é que a LDB, no Artigo 62, já indicava que
“A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura...”

É importantíssimo observar que a Lei NÃO faz nenhum detalhamento do tipo:
“§ 1º No caso das aulas de MATEMÁTICA o professor deverá ter formação específica na área; § 2º No caso das aulas de HISTÓRIA o professor deverá ter formação específica na área; etc.”.

Desse modo, e com todo sentido, não haveria razão para se abrir um precedente do tipo:
“Parágrafo único - No caso das aulas de MÚSICA (subentendendo-se: e em NENHUMA outra mais) o professor deverá ter formação específica na área”.

Essa argumentação, exposta na Mensagem de justificativa feita pelo Presidente da República, já seria suficiente como razão do veto.
O PROBLEMA é que a Mensagem se inicia com uma problematização ingênua e contraditória com a própria Lei:
“... existem diversos profissionais atuantes nessa área sem formação acadêmica ou oficial em música e que são reconhecidos nacionalmente. Esses profissionais estariam impossibilitados de ministrar tal conteúdo...”.

Como vimos no Art. 62 da LDB, já está disposto que a formação para ser professor na educação básica (Educação Infantil Ensino Fundamental e Ensino Médio) é LICENCIATURA, o que, a despeito dessa problematização ingênua e contraditória, nos permite seguramente afirmar sem ressalvas:
SIM, ESSES PROFISSIONAIS ESTARIAM IMPOSSIBILITADOS DE MINISTRAR TAL CONTEÚDO POR NÃO ATENDEREM À EXIGÊNCIA DO ARTIGO 62 DA LDB: TER FORMAÇÃO EM LICENCIATURA.

Não se pode confundir o texto da justificativa para o veto com o texto da Lei.
Ou seja, NÃO foi proposto que se acrescentasse ao Art. 62 uma EXCEÇÃO para o ensino de música, do tipo:
“§ 1º No caso das aulas de MÚSICA (e somente nesse caso) o professor não precisa ter formação em Licenciatura”.
Devemos estender o seguinte raciocínio à MÚSICA:
SE o ensino de MATEMÁTICA está previsto para a educação básica e SE existe um curso superior de LICENCIATURA em Matemática, ENTÃO o professor de Matemática deverá ser... ACERTOU quem respondeu: “o profissional Licenciado em Matemática”.

Por que achar que com o ensino de Música deveria ser diferente?
De fato, é preciso haver um esclarecimento por parte dos órgãos de governo e das instituições educacionais bem como uma ampla discussão para viabilizar a implementação da Música no currículo da educação básica, MAS ANTES DE TUDO, o esclarecimento e a discussão devem começar na “comunidade musical” e na “comunidade músico-educacional”.
Rodrigo Serapião Batalha
* Rodrigo Serapião Batalha é graduado em Música (Licenciatura) pela UFES e mestrando em Música (Educação Musical) pela UNIRIO. Desde 2008 é professor contratado da FAMES e professor substituto da UFES. Foi premiado pelo Governo do Estado, em 2005, pelo desenvolvimento do Programa Multidisciplinar Orquestra de Garrafas.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Foi assim...















Primeira apresentação pública, em dezembro de 1986, na Banda de Música da Escola Técnica Federal do Espírito Santo (CEFET-ES). Regência do Maestro Célio Paula da Costa.
Reparem o trompetista do meio... pois é!

Bons tempos...

domingo, 16 de agosto de 2009

Note Grouping.


A Teoria do Agrupamento de Notas propõe um método para incremento da expressividade musical. Roberto Moura afirma: "No utilíssimo Note grouping, de Thurmond, espalham-se ferramentas básicas para facilitar o encontro de soluções para um dos mais críticos problemas da execução musical: tocar e cantar com musicalidade e expressão. (...) Fraseado, ou pontuação, para Thurmond, é sinônimo de expressão. Usando exemplos poéticos, ele repisa que uma pontuação errada altera o significado da frase, musical ou não. A questão de onde pontuar, diz ele, não tem fim, seja para os cantores ou os instrumentistas de sopro ou cordas. Na literatura e na música, acresce, “é importante lembrar que a percepção da arte progride do motivo para a frase, daí para o período e para a obra como um todo”¹.
Recomendo a leitura desse breve artigo sobre agrupamento de notas. Clique aqui.

¹ Extraído de http://bocc.ubi.pt/pag/moura-roberto-lacos-familia.html em 16/08/09, às 00:39.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

IX SEMPEM

Estão abertas as inscrições e submissão de trabalhos para o IX Seminário Nacional de Pesquisa em Música da UFG, o SEMPEM, cujo tema nessa edição é: RUMOS DA CRIAÇÃO, PERFORMANCE, PESQUISA E ENSINO MÚSICAL.
"Os Seminários de Pesquisa em Música da UFG têm como principais objetivos proporcionar reflexões sobre música na contemporaneidade, ampliar o intercâmbio entre programas de pós-graduação e incentivar a produção científica e artística do corpo docente e discente do PPG da EMAC - UFG, além de promover a difusão de trabalhos científicos e artísticos. Esta nona edição do SEMPEM propõe dar continuidade às discussões dos seminários anteriores, contando com a participação de pesquisadores nas áreas de performance musical, composição, educação, saúde e tecnologia aplicadas à música. As atividades consistirão de recitais, mini-cursos, masterclasses, palestras, mesas-redondas, comunicações e apresentação de posters.
Convido aos colegas que participem deste importante evento"¹.
Para maiores informações clique aqui.

¹Extraído do site http://musica.ufg.br/mestrado/sempem9.html, em 13/08/09, às 16:28.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Francisco Mignone


Do compositor paulista, apresentaremos "Cinco Cirandas" de 1983.
A Cinco Cirandas para trompete em Si bemol e piano (facultativo), foi encomendada ao compositor pelo Instituto Nacional de Música para o II Concurso Nacional Jovens Intérpretes da Música Brasileira. O concurso foi realizado na cidade do Rio de Janeiro e foi vencido pelo trompetista pernambucano Nailson Simões.A obra é dividida em cinco movimentos, cinco cirandas, cinco brincadeiras de roda infantis. Em cada uma das cirandas, sem título, o compositor sugere indicações de caráter, nesse caso mais significativas que indicações metronômicas.
Segue o link de um artigo publicado na Wikipedia, escrito por Béhague no New Grove Dictionary of Music and Musicians.

Saiba mais!

Repertório Tour '09

Finalizamos a escolha do repertório para as apresentações em novembro. Alguns critérios foram observados: o primeiro, obras compostas para Trompete e Piano, redução ou transcrição realizadas pelo autor. O segundo, tocaremos compositores com um catálogo em que constem obras de música de câmara, obras vocais, para orquestra sinfônica, e cuja produção no século XX influenciou, ou ainda influencie, toda uma geração de compositores e instrumentistas.
O terceiro critério é de caráter temporal: obras compostas no Século XX, até porque as master-classes terão esse tema.
O critério do trompete, priorizou as obras com desafios técnicos e musicais, com contrastes entre passagens rápidas e lentas, agudas e graves, fortes e pianos, cores no som, enfim, um repertório que mostre as possibilidades do Trompete Brasileiro.
As obras selecionadas serão apresentadas em dois programas diferentes, sobre os quais escreverei em breve.
Nos próximos posts comentarei os compositores e as obras escolhidas.
Bom, agora é estudar MUITO, e equacionar ensaios com a pianista que está há quase 2.000Km daqui!

sábado, 1 de agosto de 2009

Lecture/Recital no New England Conservatory of Music.


Recebemos a confirmação da Palestra e Recital com o tema "A Música Brasileira para Trompete no Século XX". O evento acontecerá na Keller Room no dia 08/11/09, às 20:00.
O NEC foi fundado em 1867, e após a criação da Orquestra Sinfônica de Boston, seus principais músicos passaram a integrar o quadro de professores da instituição, associação que dura até os dias de hoje, onde parte da orquestra é formada por integrantes do NEC.
Na fotografia, o Jordan Hall, com capacidade para 1019 pessoas.

1000º visitante



Hoje, às 21:42:08, o Trompetenet alcançou o visitante nº 1000. Ele, ou ela, mora em São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul e chegou através da pesquisa no Google sobre música para quinteto de metais.
Em noventa e três dias de funcionamento, atingimos uma média próxima de onze visitas por dia, algo em torno de uma pessoa a cada duas horas. Observamos visitas dos Estados Unidos, Portugal, Turquia, França, Londres e Coréia do Sul. No Brasil, nos visitaram de Goiânia, Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Osasco, São Paulo, Campinas, Guarabira (PI), Santos, Bauru, São Caetano do Sul, Foz do Iguaçu, Curitiba, Aracaju, Sorocaba, Vitória, Vila Velha, Serra, Guarapari, Salvador, Porto Seguro e muitas outras cidades do país.
Observamos dois tipos de visitantes: os que vão direto ao Blog, ou buscam pelo mesmo em sites de busca, e aqueles que pesquisam por assuntos diversos e são encaminhados às nossas postagens.
Os leitores que procuram pelo www.trompetenet.com, chegam aos 10%, uma quantidade expressiva para um blog sem divulgação e destinado ao público predominantemente de músicos. Os 90% restantes, procuraram por assuntos que se correlacionam com as postagens marcadas como trompete.
Criei o blog como um canal para divulgação do meu trabalho. Aproveitei, e compartilhei com os amigos o meu hobby: fotografia.
Divulguei minha agenda e comentei os trabalhos que fiz com vídeos "ao vivo", conforme o momento da performance, com coisas boas e coisas que poderiam ter ficado melhor, mas isso é a prática musical, a busca pela essência da música, que passa longe das notas sopradas na hora certa e na afinação correta.
Tocar, realizar um recital, é ler, nas entrelinhas, o que o compositor não escreveu. É procurar um sentido nas frases, nas dinâmicas, nas conexões entre as notas. É ouvir as pausas, para mim, muito mais importantes que as notas. É "curtir" a acústica da sala, é respirar e, simplesmente, tocar.
Para o segundo semestre, que agora se inicia, tenho importantes compromissos e pretendo publicar os preparativos para a Tour '09 e outras apresentações agendadas. Durante a Tour '09, postarei imediatamente após os concertos, os arquivos com as minhas percepções da apresentação.
Desejo que os acessos continuem crescendo e que possamos incrementar a discussão sobre os assuntos abordados.
Meus sinceros agradecimentos aos 1000 visitantes e aos onze seguidores. Espero que tenham gostado de ler na mesma medida que me divirto em escrever.
MUITO OBRIGADO!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

para Brasília.

... e o Homem criou o Hot Park


E tudo era muito bonito!
As águas, por mais incrível que pareçam, eram quentes.
O céu, azul profundo.
E tinha uma praia... Isso mesmo! Uma praia! Com areia branca, ondas, coqueiros...
Sem vendedores ambulantes, sem sal, e com muita água doce e quente.
Areia branca, macia, sem aquele "rio negro" que leva nossos esgotos às praias salgadas e geladas do nosso litoral.
Sem cães.
Penso que ficamos todos embebecidos pela criação, ou melhor, pela construção, e não dá tempo daquele pessoal se transformar em "gente boa a milanesa" e passar correndo entre as cadeiras jogando areia no seu livro.
O Homem construi piscinas de todos os tipos e para todos os gostos.
Disponibilizou esportes radicais para os corajosos - não é o caso desse que escreve, rapel, escalada, tirolesa, mergulhos com tanque e outros.
O susto fica por conta dos preços praticados no parque. Leve um bom limite no cartão de crédito.
O criador, digo, o Homem, disponibilizou salva-vidas em todas as praias e piscinas, e eles trabalham!
Pássaros da fauna brasileira estão ao seu dispor para fotos incríveis. Bom, vale ressaltar que é um projeto em parceria com o IBAMA, mas o ingresso para vê-las é caro e a fotografia, mais ainda!
Recomendo.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Umberto Eco: "Como se faz uma tese".

Aos que estão escrevendo monografias, dissertações e projetos, recomendo a leitura desse "manual".
Nascido em Alessandria, Itália, em 1932, Umberto Eco construiu sólida carreira como professor de semiótica na Universidade de Bolonha. Ensaísta de renome mundial, dedicou-se a temas como estética, semiótica, filosofia da linguagem, teoria da literatura e da arte e sociologia da cultura.
Para acessar o livro clique aqui.

1º Festival de Metais de Campinas


Na sexta-feira passada, dia 17, estive em Campinas - SP, ministrando Master-class para a turma de Trompete inscrita no 1º Festival de Metais de Campinas.
Tenho certeza que presenciei o nascimento de um grande Festival de Música no país, pois uma primeira edição com um número expressivo de professores e apresentações artísticas, certamente já nasce fadado ao sucesso.
Realizar um festival de musica instrumental em qualquer época do ano já seria um desafio, ainda mais em julho, onde se realizam os Festivais de Campos de Jordão - SP e Londrina -PR, dois dos maiores e mais tradicionais do país.
A iniciativa coloca a cidade de Campinas no circuito dos grandes festivais de música, agregando valor cultural, social e turístico à cidade, vide o exemplo de Campos do Jordão. Tenho certeza que o poder público e os empresários, que não mediram esforços para a realização do festival, estão atentos à importância do evento para a cidade.
A minha master-class foi bastante produtiva. Os alunos eram participativos, tornando a aula muito rica com a troca de informações e o debate sobre temas comuns ao trompete e a música. Foram três horas muito agradáveis e divertidas. Alguns participantes tocaram obras escritas para trompete onde ficou evidente a qualidade dos instrumentistas formados na região.
Ao final da classe, toquei o "Solus", Stanley Friedman, para Trompete Solo. Antes de tocar, pedi que todos observassem os tópicos abordados em sala e sua aplicação na performance: articulação, respiração, resistência, ritmo, bater o pé e outros.
Em outra postagem incluo o vídeo e comentários sobre a obra.
Foi uma satisfação muito grande participar do Festival, muito obrigado ao Paulo Ronqui pelo convite. Rever os amigos Flávio e Paulinho, conhecer o Fernando Morais e o David Spencer, professor de Trompete da Universidade de Memphis - EUA, assisitir ao recital do mesmo e à apresentação do Eufonista Steven Mead, apreciar o Metallumphonia... tudo isso em 24 hs de permanência na cidade.
Meus sinceros agradecimentos e parabéns ao envolvidos: a turma do "aeroporto", ao Paulinho, ao poder público, aos empresários e acima de tudo aos alunos e espectadores dos eventos.
Sucesso nas próximas edições!

sábado, 18 de julho de 2009

Dean Keenhold


Hj, às 2:30 da manhã, em Washignton, faleceu Dean Weston Keenhold.
Conheci o Dean em 86 ou 87, não me lembro exatamente, em um curso de trompete promovido pelo Departamento Estadual de Cultura (ES). Na época, os trompetistas mais experientes ocuparam os horários com aulas individuais. Os novatos, Tonico e Pacova, dividiram o horário que restava.
Durante o curso, "os experientes" foram abandonando as aulas, Pacova logo desistiu também. Terminei o curso e propus que continuássemos as aulas. Ele topou, e todas as semanas eu tomava um ônibus e ia até a sua casa no Bairro República para as aulas de trompete. As aulas continuaram por alguns anos, até que ele voltou para os EUA.
Fisicamente, o Dean era alto e pesava algo em torno dos 140 kg. Como bom americano, branco e olhos azuis.
Comigo, o Dean sempre foi muito atencioso, paciente e me respeitava como um estudante sem muitos talentos, mas com muita dedicaçao. Não foram poucos os puxões de orelhas, mas na aula seguinte estava tudo resolvido... eu estudava muito.
Ele era um band-leader como poucos. "Apitava todas", depois de cinco horas de baile, mandava uma "lapa" de som impressionante. Improvisava maravilhosamente bem.
Nos estudos, não queria me ensinar improvisação, dizia que eu tinha que primeiro aprender a tocar certo para depois poder tocar "errado". Trabalhamos métodos e muita leitura.
Há poucos anos conversamos sobre os velhos tempos e ele confessou que em determinado momento, achou que eu nunca ia tocar trompete. Ainda bem que ele não desistiu!
"Hello, my precious friend and deserving student.
I believe I take pride in encouraging you not to give up music and to continue. After you had such a hard time keeping your Selmer Lightweight in tune and we both discovered that your instrument was your problem and that you have a beautiful and pure tone that any trumpeter would be proud of.
I have the biggest and fullest tone, however. Ahem!
Dean." 19/jan/2009
Foi ele, que em 89, me recomendou o curso "Metais: Performance e Criação", ministrado por um quinteto de metais da Paraíba, desconhecido para mim. O curso foi na Pro-Arte, no Rio de Janeiro, e lá conheci o Quinteto Brassil e o Nailson, meu professor nos últimos vinte anos.
Durante sua permanência nos EUA, sempre mantivemos contato. Ele ficava muito feliz com as minhas conquistas, tinha consciência da participação dele em todas elas.
Ao visitar Vitória, sempre ligava, ouvia meu quinteto, era aquele tio querido que todos nós temos.
Do Dean, fica em minha memória, as aulas, os ensaios, os bailes, os arranjos e o som do seu trompete. Em meu coração fica o MESTRE, em letras maiúsculas, aquele que me fez acreditar que seria possível tocar trompete, contrariando as primeiras impressões. Se eu um dia conseguir metade da sua competência como professor, meus alunos estarão bem encaminhados.
Tenho certeza, que onde o Dean estiver, a música está melhor.
MESTRE, você é o culpado por eu ser um trompetista. Obrigado.

Desde fevereiro ele escrevia para a Revista Vida Brasil. Nos seus artigos, fica evidente a paixão pelo nosso país. Para conferir, clique aqui.
Abaixo, o último e-mail enviado por ele, uma mostra do seu amor pelo Brasil e do carinho com seu aluno capixaba.
"Deus eh grande e eu estou totalmente bem sem surugia nem uma. Estou tao feliz para voce e sua nova posicao. Me envia todos os seus dados e assim posso cotinuar sabendo das suas conquistas.
Eu estou com muito orgulho de voce. Voce segiu as vontades do seu coracao em sua vida e eu, foi atraz o dinheiro para poder continuar com minhas vontades.
Alias, estou incompleto. Preciso voltar ao Brasil para completar o circo e seculo da minha vida antes de morrer (muitos anos pela frente).
Sabado passado fiz 62 anos de idade (22 anos com 40 anos de experiencias).
Um forte abraco e nessas alturas um bwijo tambem do seu sempre orgulhoso ex-professor.
Dr. "D""
16/abr/2009

domingo, 12 de julho de 2009

Mestrado 2010 EMAC/UFG

EDITAL DE INSCRIÇÃO, SELEÇÃO E MATRÍCULA DA TURMA 2010 DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DA ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – MESTRADO EM MÚSICA.

Informações em: Mestrado 2010 EMAC/UFG

Natureza "selvagem".

Minhas primeiras fotografias usando lentes Macro e lentes de Densidade Neutra.

O Grupo Brassil e a Música do Maestro DUDA

quarta-feira, 8 de julho de 2009

No Japão.

As fotografias são incapazes de traduzir a emoção da viagem ao Japão. A fotografia é um olhar do turista, dos monumentos e das atrações do lugar. O que eu enxerguei além dos cliques?
Enxerguei o japonês como um povo extremamente educado e gentil, todos, indistintamente, cedem a vez. Quando gripados, usam máscaras para não transmitir a doença aos outros. Ninguém conversa ao celular próximo das outras pessoas para não incomodar. Crianças não esperneam na rua, não choram, tudo para não incomodar o próximo.
Dois japoneses quando se encontram trocam reverências que parecem intermináveis. Me perguntava: - Quando vai terminar?
As mulheres andam sempre atrás, passos curtos e cabeças baixas. Eles não falam alto, se postam ao lado esquerdo da escada-rolante, e nós, espaçosos, quando ocupávamos todo o degrau, eles esperavam chegar ao final da escada sem falar nada!
As mulheres japonesas são pequenas, mas no hotel, carregavam grandes malas sempre com um sorriso. Alías, atendimento ao público, somente por mulheres, e elas afinam a voz parecendo crianças.
Na rua, comunicação quase impossível, mas todos se esforçam para se comunicar, mesmo que seja em um inglês rústico. Pode viajar tranquilo, você não vai ficar sem informação, pois ao abrir o mapa na rua, logo aparece um japonês para ajudar. Incrível! Não se preocupe com o idioma!
A polícia, não usa armas. A estatística é de um tiro por ano: acidental! Trabalham de luvas brancas, não encardidas, e basicamente prestam informações turísticas.
No metrô, voluntários para prestar ajuda em inglês e francês, e ao solicitar ajuda para comprar o bilhete, um guarda sai da cabine para auxiliar, sempre agradecendo.
Aliás, sempre agradecem, por tudo!
Quando você agradece na língua deles, uma festa, eles ficam muito felizes.
Nas ruas, mercadorias expostas nas calçadas, bicicletas estacionadas sem cadeado, jovens japonesas andando sozinhas tarde da noite sem medo de assaltos, que aliás, não existem.
Porém, notei que fumam bastante, bebem bastante, inclusive têm dormitórios para os que não conseguem chegar em casa..
Trabalham muito, até domingo, todos os homens de terno preto ou cinza. Sei que as consequências para a sociedade não são boas, mas do lado de cá também trabalhamos muito.
De uma maneira geral, os Japoneses são felizes, segundo o guia do City-Tour, "sendo eles budistas e xintoístas, têm a certeza de ir ao paraíso após a morte, sem culpas nem pecados, bem diferente dos cristãos, sempre carregando o fardo da culpa e do pecado.
A viagem, com a Camerata Vale-Música, foi uma das melhores experiências que aconteceram em minha vida. Conhecer o Japão foi um sonho! Não se parece em nada com nosso mundo "judaico-cristão-ocidental"! Foi como estar em outro mundo! Não tem nada parecido do lado de cá! Já era fã, agora então... Nos divertimos muito. Conheci de perto a Fernanda Takai, rachamos uma corrida de taxi, conversamos... ela é uma pessoa adorável. Os meninos fizeram o maior sucesso, entrevistas e fotos mil. Recomendo!
Japão, eu volto!

domingo, 5 de julho de 2009

Quiet City

Ontem, dia 04/07, apresentei o Quiet City (Copland) e o Concertino (DUDA) com a Camerata SESI-ES. Tocar frente à uma orquestra é uma oportunidade imperdível. Nesse primeiro semestre de 2009 é a segunda vez que tenho esse privilégio.
A Camerata SESI-ES é uma orquestra de câmera, formada por jovens estudantes, em processo de profissionalização. A orquestra é fruto do trabalho e da dedicação de seu Maestro e Diretor artístico, o Maestro Leonardo David. Louvável o suporte que a FINDES, através do SESI, oferece ao projeto. Em um ambiente em que a música descartável frequenta os programas dominicais da TV brasileira, a FINDES/SESI, se destaca pela sensibildade e consciência da importância da divulgação e do ensino na música em seus programas educacionais e culturais.
O Quiet City, é uma obra que gosto muito de tocar. Já a apresentei algumas outras vezes, com a OFES (Gustavo Napoli, corne-inglês) e no Rio de Janeiro (Mosineide Schulz, oboé). Penso que já toquei outras vezes, mas não me recordo...
A obra apresenta um trompete com dinâmica que percorre do pianíssimo ao fortíssimo, com uma extensão de duas oitavas. Dinâmica e extensão estão diretamente ligadas à densidade orquestral, ou seja, no ponto culminante, na parte central da obra, o trompete está toca suas notas mais agudas e maior intensidade sonora. O caráter é lírico, com muitas frases ligadas e possibilidades de utilizar o agrupamento de notas como ferramenta interpretativa.
O desafio, é integrar-se à sonoridade do oboé. A Mosineide tem um belo som e eu não poderia, jamais, impedir ao público de ouvir o seu som e sua expressividade.
Esse é "o" desafio da música de câmera: saber a hora de se recolher. Eu acredito, que em termos de música de câmera, principalmente em relação ao trompete e suas características sonoras, podemos na maioria das vezes, pensar mais nos outros instrumentos. Alguém vai questionar: O trompete vai "sempre" tocar piano? Não! Quando tiver que tocar fortíssimo, ninguém nos segura! Porém, podemos utilizar a articulação e o vibrato como dinâmica sem a necessidade de tocar forte. Pensar no grupo e na obra em primeiro lugar.
Bom... voltemos ao Quiet City.
Foi uma satisfação muito grande estar em Vitória fazendo música com os amigos. Muito obrigado ao Maestro David pelo convite. Aos "meninos" da Camerata, meus parabéns pelo trabalho e a Mosineide, obrigado, por ter aceitado dividir o palco nessa empreitada.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

DUDA in Lebanon (3)

Apresentação na Igreja Batista em Lebanon KY, no dia 07/12/08.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

DUDA in Lebanon (2)

Apresentação na Igreja Batista de Lebanon, Kentucky, em 07/12/08.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

DUDA Concertino para Trompete III mov

Ensaio geral no Memory Hall, Lexington KY, em 05/12/08.

DUDA Concertino para Trompete II mov

Ensaio geral no Memory Hall, Lexington KY, em 05/12/08.

DUDA Concertino para Trompete I mov

Ensaio geral no Memorial Hall, Lexington KY, em 05/12/08.

Kaplan Sonata para Trompete e Piano III mov

Ensaio geral no Memory Hall, Lexington KY, em 05/12/08.

Kaplan Sonata para Trompete e Piano II mov

Ensaio geral no Memory Hall, Lexignton KY, em 05/12/08.

Kaplan Sonata para Trompete e Piano I mov

Ensaio geral no Memory Hall, Lexington KY, em 05/12/08.

Osvaldo Lacerda Pequena Suíte III mov

Ensaio geral no Memory Hall, Lexington KY, em 05/12/08.

Osvaldo Lacerda Pequena Suíte II mov

Ensaio geral no Memory Hall, Lexington KY, em 05/12/08.

Osvaldo Lacerda Pequena Suíte I mov

Ensaio Geral no Memory Hall, Lexington KY, em 05/12/08.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Banda Pequi


A Banda Pequi - Orquestra de Música Brasileira, é um projeto de extensão da UFG. Criado há nove anos pelo Prof. Jarbas Cavendish, a banda está gravando seu primeiro CD com a participação muito especial de Leila Pinheiro.
Ontem, foi a gravação dos trompetes, fui assistir e acabei gravando uma faixa. É uma honra participar desse trabalho. Vou encomendar um XLT e trabalhar para deixar esse naipe redondo, na melhor tradição dos trompetistas goianos.
A banda está passando por um processo de reestruturação, uma exigência das diretrizes do projeto, e, em breve, estaremos tocando pelo Brasil e no exterior. Pode "crê"!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Baía de Todos os Santos - Salvador BA


A lua...

... a dois passos do paraíso


Ilhabela SP.

... teria ficado por lá.

Protegendo os lábios (2)


A postagem sobre proteção dos lábioS tem sido bastante acessada e, atendendo aos pedidos, vamos desenvolver um pouco mais o assunto.
De uma maneira geral, os trompetistas são afccionados por lábios (embocadura). Eu não poderia diminuir a importância dos lábios, visto que ele é para o trompete o que a palheta representa para o saxofone, por exemplo, Com a vantagem de não precisarmos trocar e manter na água durante a prática, além de ser bem mais econômico!
A estrutura dos lábios é formada por vários músculos. O mais importante é o orbicular dos lábios, o único músculo da face a se apoir nos outros músculos e não nos ossos do crânio. Como está preso aos outros músculo da boca é também o que mais trabalha. Assumindo grande variação de formatos.
O orbicular é um músculo frágil e ao mesmo tempo forte, principalmente em conjunto com os outros músculos da face. Como todo músculo envolvido em uma atividade física, tem que ser bem tratado para um melhor rendimento.
O problema começa, ou os problemas começam, quando o trompetista transforma o lábio no centro de suas angústias, de seus problemas técnicos e suas consequências musicais. O lábio é o elemento que vibra, mas não produz a vibração. O lábio vibra na medida que o ar passa por ele, ou seja, uma boa vibração labial está condicionada à um ar/repiração de qualidade.
Um ar insuficiente obriga ao trompetista á pressionar o bocal contra os lábios, causando sofrimento do músculo. Vamos pensar: de um lado, uma parede (dentes), do outro metal (bocal), no meio sob pressão, os lábios...
A verdade inquestionável é que o lábio de todo trompetista é exigido ao máximo, mas devemos mudar o foco, concentrando na respiração toda a responsabilidade por tudo que acontece, se foi bom, respiramos bem, se não foi como gostaríamos, respiramos mal. O lábio não tem nada a ver com isso! Preserve-o! Salve um lábio! o seu lábio!
O Prof. Edgar Batista dos Santos "Capitão", várias vezes me falou que o lábio só suporta 12 segundos sem afastar o bocal. A partir desse tempo, falta irrigação sanguínea e o músculo começa a sofrer. Mais uma vez volto à respiração, pois os 12 segundos seriam um sonho em algumas obras... lembre-se do último movimento da Sonata (Hindemith)... o coral... Respirar diminui a pressão do bocal sobre os lábios (O quarto dedo da mão direito pode ajudar. Deixe-o fora do apoio, afinal o trompete não vai fugir!)
Porém, o lábio inchou! E agora? Se vc estiver estudando, pare! Aproveite o tempo para ler, ouvir, caminhar, correr... não insista! Vai ser pior!
Um lábio inchado causa perda do controle muscular, deformação na abertura dos lábios, perda das sensações nos lábios, alteração na circulação sanguínea e endurecimento do tecido, ou seja, complicou! Já era! "Foi!"
Pare! Recomece amanhã refletindo sobre o que causou o inchaço.
Dentre as causas, destacamos: alergias ao bocal, comidas salgadas e apimentadas, infecções, gripes e febres, medicamentos, refluxo, dentre outras. A maior causa de inchaço é a demasiada pressão do bocal. Por isso, RESPIRE MUITO, e não coloque o quarto dedo da mão direita no aopio.
RESPIRE, toque, pense na música que está fazendo, reflita e apague a palavra EMBOCADURA da sua cabeça! RESPIRE SEMPRE E MUITO!

domingo, 14 de junho de 2009

A Universidade

O que é que faz um curso universitário ser, de fato, universitário?
Um curso universitário só se justifica como tal, na medida em que seja imbuído de um espírito filosófico. Como assim?
Servir ao mercado, estritamente, não é o objetivo de um curso universitário, mas sim ensejar a formação de profissionais que, mais do que (re)produzir modelos e paradigmas vigentes, teriam - em tese - o dever de repensar sua realidade procurando perceber a sua relação com o mundo, ou seja, com o todo. Não se trata de filosofia enquanto disciplina, mas sim de um "filosofar" (uma atitude filosófica) que busca ultrapassar a reprodução pura e simples dos conhecimentos e condutas e, portanto, da manutenção do modus operandi.
É importante verificar outro ponto, não quero dizer que a Universidade não deve capacitar o profissional. Ela não deve atender a uma demanda de subserviência ao mercado. A Universidade deve, ao contrário, dar conta de preparar sim o profissional o melhor que este possa ser - tecnicamente - ao ponto deste profissional poder atuar como protagonista no famigerado "mercado de trabalho".
É isso!
Refletir constantemente sobre a relação do seu próprio trabalho com o mundo, com o todo: um profissional egresso da Universidade deve ter portanto esta premissa. Muito mais do que "entender" este mundo - uma vez que este suposto entender é comprometido com determinados contextos e visões de mundo - é necessário refletir constantemente sobre este mundo e sobre as próprias atuações enquanto profissional que passou pela Universidade.
O que dizer então daqueles que nela, na Universidade, ainda se encontram? Ah, estes precisam vigiar para que seus professores estejam comprometidos com uma formação que não se paute na mera repetição. Não vigiar somente os seus professores, mas também os seus gestores e a si próprios.

Estevão Moreira
Rio de Janeiro

sábado, 13 de junho de 2009

Sonatas para Trompete

Na escolha do repertório para a Tour '09, começamos por definir as Sonatas que farão parte dos programas, especificamente três obras. Um artigo publicado pelo trompetista Luis Engelke (Obras brasileiras para Trompete no Século XX), lista diversas obras escritas para o instrumento.
Em relação às Sonatas, Engelke cita a Sonata composta por Cláudio Santoro, em 1946; Francisco Mignone, em 1970; uma Sonatina de Ernest Mahle escrita em 1979; a Sonata de José Alberto Kaplan, em 1987; Osvaldo Lacerda em 1996. Incluo na lista, a Sonata para Trompete e Piano (2001) de Nikolai Brucher, dedicada ao trompetista Nailson Simões.
Em meu arquivo falta somente a Sonata do Mignone... quem souber...
Para esse ano, a Sonata do Kaplan não vai fazer parte dos programas visto que ela foi apresentada ano passado no Memorial Hall, em Lexignton.
Em uma primeira análise, tocaremos Lacerda, Santoro e Brucher, salvo se condições de duração, e combinação com as outras peças do programa indicarem duas delas.
Nas próximas postagens comentarei um pouco sobre cada Sonata, forma de aquisição e aspectos técnicos e musicais, que considero fundamentais para a concepção interpretativa das sonatas.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Em Campbellsville

Campbellsville está situado no coração de Kentucky, entre o platô de Cumberland e as montanhas apalaches e o oferece o melhor de ambas as regiões. Foi fundado em 1848 e abrange 270 milhas quadradas. Mais de 11.000 pessoas vivem na cidade, cuja área é uma mistura agradável de agricultura, de fabricas e de recreação. Uma das grandes atrações é o lago Green River, que oferece pesca e esporte náuticos. Palco da guerra civil americana, a batalha de Tebbs foi realizada na cidade em 1863 e diversos locais históricos locais refletem esse período de tempo. Seus principais produtos agrícolas incluem o tabaco, o milho, os feijões de soja, o gado e os porcos. A cidade é sede da universidade nacionalmente conhecida que leva o nome da cidade também e do hospital do condado de Taylor, que inclui o único centro do traumatismo do nível III no estado.Na Campbellsville University tocaremos um recital de Trompete e Piano (13/11) e a Paula tocará um recital de Piano no dia 14. Nesse mesmo dia, realizarei uma Master-class sobre "A música Brasileira para Trompete". Vamos falar, e tocar, sobre compositores, estilos e interpretação.

domingo, 7 de junho de 2009

Trompete nas Montanhas - Pikeville


Pikeville, no estado do Kentucky, será uma de nossas paradas para tocar música brasileira para Trompete e Piano.
Pikeville é descrita frequentemente como “o tesouro das montanhas do Kentucky.” Escolhida duas vezes como uma das 100 melhores pequenas cidades da América, é o centro maior das operações bancárias no Kentucky oriental. Famosa por ser a residência dos Hatfield-McCoy, um dos maiores produtores de carvão do país, Pikeville e o condado de Pike são embebidos nas tradições e na cultura das montanhas apalaches.
Pikeville é um local acolhedor que aprecia a música e as artes.
Os cumes ásperos que cercam Pikeville não impediram o progresso. A cidade literalmente moveu as montanhas e mudou cursos de rios, rivalizando a grandiosidade da obra com a construção do canal de Panamá.
Pikeville é igualmente uma grande base para para os amantes da natureza, com muitos parques selvagens com vistas magníficas, para caminhadas e acampamaentos, fazendo da cidade um grande destino nas férias. A beleza intransigente, uma economia de prosperidade, as grandes estradas e os povos amigáveis contribuem à atração de Pikeville.
Nossa apresentação acontecerá no dia 16/11 (Trompete e Piano). Tocaremos no Pikeville College, fundado em 1889 por Presbiterianos, oferece cursos nas áreas humanas e em ciências, fornecendo oportunidades para que os estudantes desenvolvam suas potencialidades e se preparem para suas carreiras específicas.
Detalhe: Vai estar muuuuito frio!

Webcam ao vivo: http://www.kyhometown.com/showcam.php?image=pikecity1.jpg&ip=L3Zhci93d3cvdmlydHVhbC93d3cuc2V0ZWwuY29tL3dlYnNpdGUvd2ViY2FtLw==&width=704&name=Pikeville